30 de setembro de 2011
Parte II
Nada melhor para ilustrar o tema realidade X ficção do
que outra história envolvendo Eça e seus Maias. Após a publicação – legal – do livro,
um cronista famoso à época escreveu um texto no jornal criticando o desrespeito
do escritor ao ridicularizar e colocar em seu livro uma pessoa real. O
personagem poeta Tomás de Alencar, seria, claramente, o poeta Bulhão Pato. E
quando a professora disse isso em sala de aula, a realidade deu cambalhota
diante de mim: Bulhão Pato é algo que conheço, que muito me agrada, Bulhão Pato
me soa a felicidade. Felicidade gastronômica. Amêijoas a Bulhão Pato!!!!!
E o Eça diante de tal acusação? Manda de Paris uma resposta
sensacional, mordaz, inteligente, explica que Tomás de Alencar foi sim
inspirado em alguém que conheceu – outro alguém – e pede, com humor, a Bulhão
Pato “o obséquio extremo de se retirar de dentro do meu personagem”.
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